Blues


Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez.
Então solte suas amarras.
Afaste-se do porto seguro.
Agarre o vento em suas velas.
Explore.
Sonhe.
Descubra.

Mark Twain

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Povo Bárbaro



Estamos fartos de acompanhar, tanto na TV ou em outros meios de comunicação, quanto nas notícias indiscretas passadas boca a boca, o alto índice de problemas que a displicência da regulamentação do consumo de bebidas alcoólicas na sociedade vigente tem nos presenteado.
Certamente, cara, que não nos levantamos contra aqueles ébrios senhores que vemos tropeçando pelas ruas seguindo a longa estrada para suas casas, ou simplesmente contra aqueles indivíduos que bebem apenas como uma forma de descontração ou mesmo de socialização perante terceiros. Desde que, é claro, eles mantenham o saudável controle.
O que tachamos, de fato, como “problemas” diz respeito àqueles que não se encontram em condição de levantar da cadeira do bar e ainda assim insistem em entrar, trôpegos, em seus veículos crentes de que o perigo de dirigir embriagado é “picuinha” social. Àqueles que depois de alguns copos não conseguem ter mais limites entre o que é certo e o que é errado e se utilizam disso para chutar o balde de formas ridículas numa confusão de xingamentos e violência desnecessária.
 
É contra estes, senhores, que nos levantamos.
Erguemo-nos em favor de melhores medidas de regulamentação. Medidas que podem salvar vidas ou, muitas vezes, garantir o nascimento de outras. Porque nem sempre o cidadão embriagado vai estar dirigindo sozinho, cara. 
Sim.
Muitos acabam pagando o preço por nada menos que falta de opção.
Por submissão.
Alguns até por diversão, mas esse é outro caso.
O controle é sempre necessário. Uma sociedade que não o possui uma hora ou outra acaba saindo dos eixos, e não é o que desejamos, certo? O que queremos é menos dependência, menos acidentes, sejam de trânsito ou não.
Menos bebida em mãos de jovens abaixo dos dezoito anos. Menos estupros, violência contra a mulher, dinheiro na cueca, mensalão, gripe suína e calças coloridas. Menos atitudes bárbaras oriundas do álcool.
Controle.

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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Anunciada sinopse oficial e data de lançamento de "Fios de Prata: Reconstruindo Sandman", novo livro do Raphael Draccon



Cara, pra começo de conversa, e antes de qualquer outra coisa, eu gostaria de falar da capa. 
Eu gostei bastante da arte feita, especialmente tratando-se de um livro nacional.
Esse livro, e uma capa dessas, meio que mostra como a fantasia brasileira já está com raízes fortes. Como o mercado fantástico está ganhando poder e espaço. Como os autores fantásticos, da proclamada "Geração Subzero", estão muito próximos de terem mais do que reconhecimento.
A capa do Fios de Prata foi feita por Kentaro Kanamoto. Esse cara foi o responsável pela arte da capa de Ruas Estranhas, do Martin, e alguns cenários bem bacanas da série de jogos Assassin's Creed. Ele fez um ótimo trabalho, e os detalhes, como os próprios fios de prata se ligando aos sonhadores ou o castelo do Deus do Sonho, Morpheus, ao fundo, também merecem uma nota digna.
Eu já sabia do livro pelo que vi nas palavras do Ancelmo Góis, do Jornal O Globo, e pelas próprias palavras do Raphael Draccon no GeekCast sobre fantasia e ficção científica. Já possuía uma ideia do que iria se tratar o livro, e quando foi falado que a história abordaria, sobretudo, fatos surreais, eu pensei imediatamente no Inception, do Cristopher Nolan (diretor da trilogia Batman), super elogiado pela crítica, indicado ao Oscar de Melhor Filme e vencedor de três Oscars.
Bem, eu só espero do livro que seja algo bem diferente e que fuja dos clichês a que estamos habituados. O autor, o Raphael Draccon, já me impressionou com sua série Dragões de Éter, então basta que seja tão bom quanto. Aliás, não basta. É esperado de um autor que suas obras venham ficando mais fantásticas (isso chega a ser um trocadilho) com o tempo, e sobre Fios de Prata eu lanço uma bola de neve de expectativas. Especialmente porque o autor disse ter levado sete anos para concluir a história, o que quer dizer que houve um esforço e toda uma rede de criatividade se entrelaçando à história, com, muito provavelmente, cuidados para não acabar decepcionando ninguém.
E, pra completar, a história é uma homenagem ao Gaiman e a própria literatura fantástica! “Sandman na veia!”, como disse o Fábio Barreto.

O lançamento está previsto para a Bienal de São Paulo. A princípio foi dito que ocorreria entre os dias 11 e 14 desse mês, mas houve uma mudança nos planos e, pelo que parece, o lançamento pulou para um dia ainda não atualizado.

Aí vai a sinopse, como está no blog do próprio autor:

“Tu inspiraste Rowling, e foi nas terras de Morpheus que se moldou Hogwarts. Tu inspiraste Tolkien, e foi nas terras de Phantasos que se anexaram as extensões de Terra-Média. Tu inspiraste Lovecraft e em minhas terras se fixou Miskatonic. Então eu te pergunto com sinceridade, anjo: até onde vai tua vontade de ser coadjuvante em um mundo de formas e pensamentos?”
Há séculos, Madelein, atual madrinha das nove filhas de Zeus elevadas à categoria de Musas, tornou-se senhora de um condado no Sonhar, responsável por estimular os sonhos despertos dos mortais. Uma jogada ambiciosa, porém, para ascender de posição, acaba por iniciar uma guerra épica envolvendo os três deuses Morpheus, Phantasos e Phobetor, trazendo desordem a todo o planeta Terra.
Envolvido em sonhos lúcidos e viagens astrais perigosas, a busca de um sonhador pelo espírito de sua mulher no Inferno, entretanto, torna-se peça fundamental para resgatar elementos destruídos em uma guerra envolvendo manipulações oníricas, sonhos partidos, jornadas espirituais e o destino de mais de sete bilhões de sonhadores terrestres.
De Dante Alighieri a Alan Moore, de William Shakespeare a Neil Gaiman, Fios de Prata – Reconstruindo Sandman elabora uma epopeia moderna ao redor de uma declaração de amor à literatura fantástica e ao melhor dos sonhos humanos.

“Dreams of war, dreams of liars, dreams of dragon’s fire.
And of things that will bite.”


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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Indelével


Há um copo em suas mãos e ele olha inexpressivamente para as duas pedras de gelo derretendo no fundo.
Ele olha para o passado, confuso.
Seu passado derrete ali, acompanhando as pedras.
Ele leva a mão ao bolso, para a carteira de cigarro. Não fumava desde que ela se foi, mas fazia questão de manter uma carteira por perto.
Bebe o último gole do gim.
O último gole do seu passado. Desce arranhando a garganta.
Ele sabe que vai vomitar tudo mais tarde, que o passado é difícil de ser engolido, mas pouco importa naquele momento.
Bem pouco.
 "Ei, amigo", um homem resolve perguntar. Um desconhecido. "Não acha que já tá na hora de parar? Faz tempo que você... você sabe."
É, ele sabe. Seu estado é lastimável e seu corpo é só uma carcaça esperando pelos abutres.
 "Eu sei.", responde e levanta. Está trôpego. "Faz mais tempo do que imagina. E você não é a primeira pessoa que chega pra mim e diz que já tá na hora de parar. Porque a primeira fui eu mesmo."
 "E o que lhe faz continuar, amigo?"
 "Eu não sou seu amigo..."
 "O que lhe faz continuar?"
 "Todos os dias me faço essa mesma pergunta. É em busca dela que venho para cá. E a resposta parece cada vez mais distante."
"Talvez a resposta não esteja aqui."
"Talvez."
"Você..."
Ele dispensa o comentário do cara com um gesto de descaso e coloca o dinheiro no balcão. Em seguida dá as costas e sai do bar. O passado agora pesa em seu estômago, é uma bola de concreto.
Ele caminha por minutos eternos.
Até acreditar que se sente melhor, mas nunca está. Por mais que tudo pareça uma melhora, não é.
Ele olha para o céu, para uma lua que ri de seu estado.
Suspira.
E acende o cigarro.
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sábado, 14 de julho de 2012

Pedras vão rolar: História do Rock'n Roll, Bandas de Rock e blábláblás

Plena sexta-feira 13.
O dia mundial do rock desse ano, caros gafanhotos, acaba por se revelar num "suposto" dia de azar.
Não que eu seja chegado a superstições. Não acredito que eu vá ser amaldiçoado se quebrar um espelho ou que se um gato preto cruzar meu caminho eu acabe tendo um dos piores dias de minha vida. Até porque, para se ter um dia ruim... acreditem, nem é preciso ver gatos. Não importa qual cor eles tiverem.
E para fazer algo bacana nessa data tão célebre, eu começarei contando um pouco da história do próprio rock'n roll e finalizarei falando de cinco bandas de rock que curto pra caracas.
GO.



A idade da pedra do rock and roll rolou na transição dos anos 40 para os 50, através de uma farofada de gêneros musicais já conhecidos e bem pop para a época. Dentre tais gêneros podemos citar o gospel norte-americano, a folk music, o blues à base do boogie woogie tocado no piano e um jump blues (a que eu me refiro como "azul saltitante", a despeito da tradução de tal termo) que foram se tornando conhecidos coletivamente como rhythm and blues. Também entraram na parada influências de country music e jazz.
 (Yeah, boy. Jazz.)


Porém, contudo, todavia, entretanto, elementos de rock and roll podem ser ouvidos em gravações country da geração de 30 e blues da década de 20. Quando muitos brancos norte-americanos experimentaram o jazz e o blues afro-americanos, que frequentemente, era relegada a condição de produto musical racial e raramente era ouvida pela corrente majoritária branca. O gênero western swing da década de 1930, geralmente tocado por músicos brancos, também seduziu fortemente o blues e diretamente influenciou o rockabilly e o rock and roll, como pode ser ouvido, por exemplo, numa canção do Presley chamada Jailhouse Rock.

É interessante, cara, que antes do rock and roll, a música era categorizada por raça, nacionalidade, localização, estilo, instrumentação, técnicas vocais, e mesmo religião. Contudo, com a imensa popularização e o sucesso comercial estrondoso de Elvis Presley em 56, o Rock and roll se tornou a menina dos olhos da indústria músical americana. E nunca mais a música foi definida e categorizada como era anteriormente.

Os primeiros roqueiros foram o Bill Haley, o Chuck Berry, Little Richard, entre outros. O rock'n roll fez deles artistas justamente pelo estilo que o gênero passou a transmitir. As músicas possuíam estruturas simples, a atitude era muito louca, muito "tá na hora de chutar o balde e o pau da barraca". Sem falar dos fãs que passaram a se metamorfosear em rebeldes sem causa no começo, pirando a cabeça de seus pais, e contrariando o espírito relax da época.

 (Típico rebelde sem causa incompreendido)

Com o tempo em que o rock era compartilhado com o mundo, as coisas foram mudando. O gênero se subdividiu e passou a haver um prisma de subgêneros. O indie rock, o alternative, o hard rock, o heavy metal, o rockabilly, o punk rock (meu favorito), são exemplos. A mídia passou a encarar o rock com mais respeito, devido ao sucesso de comercialização. E toda a cultura ocidental passou a encará-lo como um produto lucrativo, afinal, eles quisessem ou não, a coisa dava dinheiro. Beatles dava dinheiro, Rolling Stones dava dinheiro. The Who, Led Zeppelin, Kiss, Sex Pistols e lá vai o trem... cara, eram mares de grana. A "Help!" dos Beatles, por exemplo...

Tentaram socializar mais o gênero com o tempo, colocá-lo nos trinques e até impor muros contra a liberdade de expressão altamente usada nas músicas, mas as marcas de antissociabilidade, de rebeldia, de trangressão e "I don't care" ainda acompanham o rock'n roll até os dias atuais.


Ah, e sobre o significado do termos "Rock'N Roll"... significa "Pedras vão rolar", embora atualmente seja usado apenas para definir o estilo musical.


E, agora, como o prometido, falarei de minhas cinco bandas de rock favoritas.
Irei enumerá-las da quinta para a primeira, numa espécie bem trash de Top Five.
E salientando que são minhas bandas de rock favoritas, o que não quer dizer que podem ser as suas.
Fiquem atentos a essa questão caso resolvam me xingar depois.
Cada um com seu cada um.


(White Stripes. Bem, não se pode dizer que não são estilosos)

5 - White Stripes

 Eles eram uma banda de dois integrantes. O Jack White e sua ex-mulher Meg White que até anos atrás eu achava que era sua irmã. A White Stripes não existe mais hoje, mas era bom pra caramba e tinha uma música que prendia na sua cabeça e lá se instaurava por milhares e milhares de anos. A propósito era a "Seven Nation Army".
Vieram de Detroit, e a banda foi formada em 97, com o primeiro álbum saindo em 99. O segundo,  o "De Stijl" saiu um ano depois, e esse nome faz referência a um movimento holandês de arte minimalista. Em 2001 lançaram "White Blood Cells", seu terceiro álbum. Em 2003, o "Elephant", álbum que levou o Grammy nas categorias de melhor disco de rock alternativo. A canção Seven Nation Army (hehe) foi eleita a melhor canção de rock do ano.
Em 2005 lançaram seu último disco. Nesse ano o casal já estava separado. E fizeram um show por aqui, lá pelas bandas de Manaus.
Uma curiosidade sobre a banda é que ela baseada no número 3. Mesmo eles sendo dois. Jack "Maluco" White seguia um dilema de que "Se uma mesa pode se sustentar por apenas três pernas então eu e minha banda também podemos".
Então a banda ficou apenas com três elementos: vocal, guitarra e bateria. Sem essa coisa de baixista.
O Jack só usa 3 tipos de guitarra.
Também há a questão das cores: branco, vermelho, preto. Diziam que haviam escolhido tais cores pelos significados que possuíam juntas. A inocência infantil, a bandeira nazista (:$), entre outros.
O número 3 também se encontra presente na composição das músicas: letra, melodia, ritmo.
E em muitas ocasiões o Jack White refere-se a si mesmo e assina apenas como "Jack III".

(Três integrantes. Três malucos.)

4 - Blink 182

A história da banda é um pouco grande, então vou pular um monte de parte.
Primeiro, a banda se diferenciava das outras do mesmo gênero (o punk rock) pelo conteúdo humorístico em contraste às letras da grande massa que demonstravam raiva ou conteúdo anti-político. O Blink-182 trouxe um novo rosto para o punk, e com esse rosto tornou-se sucesso nas paradas musicais.
Os integrantes: Mark Hoppus, Tom Delonge, Travis Barker. O Travis só entrou na banda após a saída de um cara chamado Scott Raynor, o antigo baterista, e se consolidou na Blink como o terceiro elemento.

Pouco após o lançamento do primeiro álbum dos caras, o Cheshire Cat, a banda foi ameaçada legalmente por uma banda techno irlandesa que também se chamava Blink. E para evitar processos, o Blink adicionou o número 182 no final de seu nome. Há uma porrada de rumores rondando o motivo pelos quais eles escolheram esses números. Todos os membros da banda fizeram questão de deixar claro que eles são totalmente aleatórios. Porém, contudo, todavia, entretanto, há boatos e histórias de pescadores que contam que o número originou-se do filme Scarface, onde o Al Pacino fala 182 vezes a palavra "fuck".


(Ok, mais três malucos. Ou, melhor dizendo, três ex-malucos)

3 - Green Day

Antes de qualquer coisa, eu gostaria de dizer que eu só curto a banda Green Day até o álbum American Idiot. Do American Idiot para frente eu acredito que eles perderam muito de sua essência. O legal mesmo é o tempo em que eles tinham menos noção. O tempo de Basket Case e Nice Guys Finish Last. Muitas das melhores músicas da banda rolaram quando o Billie Joe (vocalista) tinha cabelo amarelo, reunia a galera e fazia um show de fazer o jogo virar e a casa cair.
E mesmo com a coloração alterada do cabelo e um estilo mais "deprê", no álbum American Idiot eles fizeram músicas igualmente sensacionais. Tanto que a Green Day foi nominada com o American Idiot para os sete prêmios Grammy e levou pra casa o de Melhor Álbum de Rock de 2004.
Mas enfim.

Tudo começou na California. Billie Joe Armstrong e Mike Dirnt eram amigos de infância e resolveram montar uma banda. Com 14 anos de idade, formaram o Sweet Children, Billie comandando os vocais e guitarra e Mike o baixo e também vocais. Em 89 o grupo arrumou um baterista, John Alan Kiffmeyer, e lançaram um EP com o mesmo nome da banda. Mas foi no segundo EP, também independente, chamado 1000 hours, que o nome definitivo saiu: Green Day.

O sucesso entre o público jovem era estrondoso, e isso lhes trouxe um contrato com uma gravadora independente. Através dela lançaram mais dois EPs, que mais tarde fariam parte do primeiro álbum, Smoothed Out Slappy Hours, da década de 90. Foi depois do lançamento deste CD que Kiffmeyer deixou a banda. E então Tré Cool, inclusive professor do baterista anterior, entrou para a banda.
É importante ressaltar que, assim como aconteceu com Blink, o baterista mais maneiro entrou depois.

(Ah, ao menos agora são quatro malucos, ao invés de três)

2 - Sum 41

Sum 41 se formou em 96, em Ajax, Ontario, Canadá, pelos malucos Deryck Whibley e Steve Jocz. Em seguida veio o Cone McCaslin para completar a banda. O grupo apostava numa mistura bacana e bem humorada de pop, punk e hip hop.
Sum 41, segundo eles, é uma espécie de abreviação de "41 days into the summer", ou seja, 41 dias de verão.
Não tenho muito a falar da Sum 41, mas é uma banda super legal e eu ouço muito ela, em uma porrada de momentos, sejam eles bons ou ruins. Ela não chega a ser muito conhecida aqui no Brasil, e,  pelo que parece, tem mais fãs no Japão e na Austrália. Segundo as fontes, a banda chegou a ser uma febre nestes países, e emplacou diversas músicas no playlist das maiores rádios. Um exemplo foi a "Fat Lip" (presente na trilha de filmes como American Pie). E há também a "Into Deep" (que inclusive fez parte da trilha do filme Doze é Demais com o Steve Martin). Os que já ouviram falar da Sum 41 por aqui geralmente só ouviram pelo fato de o Derick Whibley ter sido namorado da Avril Lavigne. Ele até fez uma música pra ela depois do fim do namoro dos dois.
Mas enfim.
Uma coisa legal sobre a Sum 41 é que ela possui uma espécie de rixa com os caras da Simple Plan, culpa do Comeau (baterista da Simple Plan, embora não o fosse na época) que criticou o álbum de estreia da Sum 41.  O Deryck Whibley já ameaçou quebrar o nariz daquele carinha, o vocalista cujo nome não lembro.
Ah, é interessante o que o Steve Jocz da Sum falou após um programa de playlists para a MTV Americana:

"No final do dia, eu provavelmente preferiria comer uma bola de bode do que assistir 'I'm Just A Kid', do Simple Plan. Porque eu acho que o álbum foi chamado de "No Pads, No Helmets, No Balls." ... sem bolas de bode, sem qualquer bola. E eu preferiria comer isso do que assistir aquele vídeo ou ouvir a banda ou ouvir o nome, ou mesmo assistir ao filme, que não tem nada a ver com a banda, mas que eles tomaram como nome. Eu não iria assistir esse filme. Eu não vou vê-lo. Eu preferiria comer uma bola de bode."

Pois é, pois é, pois é. Já chega de falar da Sum 41 (é que eu sempre me empolgo hehe).


(Eram caras empolgados, para não dizer beberrões)
 1 - Oasis
Hoje eles são conhecidos como "A Banda dos irmãos Gallagher".
Ou melhor "A antiga Banda dos irmãos Gallagher", visto que o Noel Gallagher pegou o beco e resolveu seguir carreira solo.
 Taí uma banda que eu ouço MUITO, cara. Ouço muito até as músicas deles que quase não têm a dizer, as músicas com letras bem pobres.
Porque pra mim, esses são os caras. "The Guys".

Os caras eram motivos de fofoca.
Eles eram polêmicos pra caracas e creio que estavam bêbados até mesmo quando sóbrios.
Têm na bagagem declarações amargas contra a imprensa, um comportamento bem atípico e um estilo de se vestir que... (bem, eu não me vestiria como eles, mas achava bacana).
A história da Oasis é engraçada. Desde cedo foram comparados com os Beatles (mundialmente conhecida, e por muitos chamada de melhor Banda de Rock do mundo). Ainda que tivessem estilos, a meu ver, diferentes.
A meu ver.
Eles eram só mais uma bandinha como outra qualquer até conseguirem um contrato com a Creation Records. E depois de alguns singles, lançaram, em 1994, "Definitely Maybe". O álbum de estréia que foi um estouro...
Definitely Maybe entrou no topo das paradas britânicas e, em dois dias,fez a banda receber o seu primeiro disco de ouro.
Um ano depois lançaram o segundo álbum, "(What's the Story) Morning Glory?", o álbum do sucesso "Wonderwall", e entre outros. Foi outro estouro (tanto que dessa vez nem precisa de foto). 
Nesse ano Oasis conquistou também os EUA, e pirou cabeças. 
Quando comparados aos Beatles, eles se diziam superiores, causando grande impacto e chamando a atenção de toda a mídia. Tony McCarrol (baterista) deixou o grupo devido uns quebra paus com os Gallagher, e foi substituído por Alan White.

O single "Stop Crying Your Heart Out" saiu na época da Copa do Mundo e a música virou tema da eliminação dos ingleses pelo Brasil.

Em 2005, veio o álbum "Don't Believe the Truth", o álbum mais recente. O disco foi considerado o melhor trabalho do grupo pela crítica internacional desde o "Morning Glory?" de 1995 e o melhor álbum do ano no Brasil. O disco reúne 11 faixas e traz ao público o melhor do Oasis.
Uma curiosidade sobre o Oasis: certa vez, eles gastaram uma dinheirama concedida para uma turnê. Em bebida. Pois é, como eu digo... os caras eram pinguços de primeira. 
E drogados.


Mas eram geniais.

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Certeza do Incerto

A garota caminhou por mais horas do que as que eram precisas.
Caminhou até os pés doerem, e até esquecer para onde estava indo.
Parou na beira do despenhadeiro, quando o sol há muito abandonara o mundo dos homens.
E pulou.
Pulou simplesmente. 
Ali encerrou sua vida.
Sem mais.
Sem menos.
A única certeza era a de seu suicídio.
Dos braços cálidos da morte que a abraçaram.
Do modo que seu corpo espatifou-se nas pedras quatrocentos metros abaixo.
Tudo breve, como um piscar de olhos para afastar lágrimas rebeldes.
E sua alma deixou o mundo dos homens, tal qual o sol fizera.
Nos seus lábios, houve um sorriso.
Sorriso da certeza de que não sabia para onde estava indo, mas sabia do seu propósito.
Sorriso suicida, consequência da mente revolta ou decepcionada, ou mesmo ambas as coisas.
Seu nome ninguém soube.
Seu rosto reconheceram como familiar, mas não mais que isso.
Nada além.
A garota certamente não se importava que a conhecessem ou não, visto que só queria morrer.
Pôr um ponto final na vida.
E talvez ir para um lugar melhor, onde tudo fosse diferente e onde seus sorrisos pudessem ser mais sinceros.
Morrera em busca de um mundo melhor que não pudera encontrar em vida.
E que talvez não encontrasse em morte, mas não deixem que ela saiba.
Afinal, poucas coisas são melhores do que acreditar estar certo de determinada questão, e encará-la como uma verdade universal.
Poucas coisas no ser humano são melhores do que a sensação de certeza.
Mesmo no fim.
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domingo, 1 de julho de 2012

Sentido Zero

                                           

O ar frio não dava uma sensação tão agradável quando tudo ao seu redor: pessoas, objetos e blablablá. Tudo parecia ter nascido dele.
Em algum lugar entre a sã consciência e a loucura havia um rapaz.

Talvez eu possa dizer que ele era um reflexo de mim, ou talvez fosse eu mesmo dentro de uma ilusão surreal, mas as afirmações lógicas haviam se perdido quando nós dois tentamos abrir os olhos.
Quando o terror te puxa pra dentro de um poço profundo de coisas sem sentido, abrir os olhos talvez não chegue a ser a melhor decisão. Você se encolhe, a escuridão parece querer pisar em você, te fazer implorar para ser redimido, mas a verdadeira redenção não aparece para você num sonho. E é exatamente aí que se vê um erro enorme, pois não há nada pior que ver os sonhos bons indo embora, levando com eles fontes de esperança, antecedendo uma confusão chamada "mundo real".
"Mundo Real".
Quase uma brincadeira infantil.
Quase um parque de diversões ou uma estrada esburacada, a depender do ponto de vista. Dizem que os corajosos que o encaram podem ter um prisma de resultados.
Resultados que nem sempre são proveitosos, ou extraordinariamente ruins.
Apenas reais.
Padrões, redundantes e desbotados feito uma camisa velha.
Reais.
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quinta-feira, 28 de junho de 2012

The Messenger



Hoje eu apresento a primeira postagem do Camaradagem.
E ao contrário do que sugere o título, não falarei do MSN. Falarei de um livro. 
Um livro bem bacana, que é um dos melhores, se não o melhor, dentre os que já li.
Então chega de enrolação.
Vamos ao que interessa.


       (O Livro teve duas edições aqui no Brasil)

"Eu sou o Mensageiro" é um livro simples. A linguagem não é nada difícil e você não precisa ser um cara letrado, nem estar com um dicionário do lado para compreender a linguagem do livro. Conta a história de um zé-ninguém. Um cara chamado Ed Kennedy, que é taxista, mora com um cachorro fedorento, tem uma mãe rude pra caracas e uns amigos que são uma comédia ou um drama dependendo do momento.
A narração do livro é fantástica e flui muitas vezes com certa poesia. Há uma personificação de sentimentos e de outras coisas (que agora não recordo o nome hehe), como ocorre em “A Menina que Roubava Livros”, e que eu já conto como uma marca registrada do Zusak (Aquela coisa de dar exclusividades de seres vivos a coisas não vivas ou abstratas. Tipo nessa parte “O silêncio se aproxima mais ainda, me dá uma porrada e me empurra pra frente” sacou?). Digam o que disserem, eu cheguei a preferi-la à narração do "A Menina que Roubava Livros", que, por acaso é do mesmo autor, o Markus Zusak. Eu fiquei louco depois que li e saí varando uma porrada de páginas da web pra ver se encontrava mais livros dele traduzidos em português. O cara tem seis livros publicados. Seis livros que tenho plena certeza de que são bons. Mas não chegaram ao país ainda, e nesse ponto eu só tenho a lamentar.
Bem, continuando...
A história começa com um assalto a banco pra lá de aloprado. E, de alguma forma, o Ed consegue impedir a parada, de modo que o "assaltante mané" (nas palavras do próprio Ed) vai preso e levado a julgamento. Nesse tal julgamento o bandido diz umas palavras que marcam as calças dele:

Tu é um homem morto, velho. Espera só pra ver… Se liga no que tô te dizendo. Lembre disso todo dia quando se olhar no espelho, malandro. Tu é um homem morto.

            O engraçado é que até os detalhes mais bobos do livro podem se mostrar significantes várias páginas à frente. Especialmente se tratando das cartas que o Ed passa a receber após o assalto. Cartas de baralho, cada uma com algo escrito que dá pistas do que ele precisa fazer (endereços, nomes de pessoas, e por aqui me detenho para não dar muito spoiler).
O Ed é o tipo de cara que adora jogar cartas com os amigos e quando ele recebe a primeira (um às de ouros) ele já saca que quem lhe mandou a parada foi alguém que conhecia os hobbies dele.
E o às de ouros, claro, é só o começo.


 Você já saca muito da consistência dos personagens já pelos primeiros capítulos. O Marvin (ou Marv), por exemplo, que é um dos amigos fracassados do Ed, é o tipo de cara estressado que fica pê da vida facinho, facinho. Especialmente quando falam mal do carro dele. O Ritchie é um cara tranquilão, que na maior parte do tempo, não se pronuncia muito e com ele “tanto faz, tanto fez”.  A Audrey é uma personagem que consegue ser perfeita cheia de imperfeições e o Ed é super a fim dela. Até o Porteiro… que é o cachorro fedido viciado em café também tem sua sustança como um bom personagem. Mas a mais forte talvez seja a própria mãe do Ed, durona e com uma boca bem suja. Ou o próprio Ed, cujo desenvolvimento você acompanha e fica torcendo por ele.
Principalmente porque você vê o Ed mudando no decorrer das páginas. E é bem capaz que você mude junto com ele. Que você encontre suas próprias mensagens, mesmo que não sejam materiais.
É o que torna o “Eu Sou o Mensageiro” um livro bacana pra qualquer um. Tanto para aquele que busca algo pra rir, pra se divertir e passar o tempo quanto para aquele que deseja tirar alguma aprendizagem do livro.
E eu concluo com as palavras do jornal O GLOBO, que traduziu muito bem o que o livro do Zusak busca mostrar.

“Assim como em A menina que roubava livros, por trás do humor, do inusitado e de uma certa leveza há profundos questionamentos em Eu sou o mensageiro. Se lá era a Morte que contava a história, aqui o protagonista não apenas muda a vida das pessoas, mas ele próprio vai se transformando em algo melhor, mesmo que de uma forma confusa. Sem querer passar mensagens do tipo ‘moral da história', Zusak nos faz enxergar o óbvio: o autoconhecimento é a primeira condição para darmos um passo à frente.”
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