
Cara, pra começo de
conversa, e antes de qualquer outra coisa, eu gostaria de falar da capa.
Eu gostei bastante da arte feita, especialmente
tratando-se de um livro nacional.
Esse livro, e uma capa
dessas, meio que mostra como a fantasia brasileira já está com raízes fortes.
Como o mercado fantástico está ganhando poder e espaço. Como os autores
fantásticos, da proclamada "Geração Subzero", estão muito próximos de
terem mais do que reconhecimento.
A capa do Fios de Prata
foi feita por Kentaro Kanamoto. Esse cara foi o responsável pela arte da capa
de Ruas Estranhas, do Martin, e alguns cenários bem bacanas da série de
jogos Assassin's Creed. Ele fez um
ótimo trabalho, e os detalhes, como os próprios fios de prata se ligando aos
sonhadores ou o castelo do Deus do Sonho, Morpheus, ao fundo, também merecem
uma nota digna.
Eu já sabia do livro pelo que
vi nas palavras do Ancelmo Góis, do Jornal O
Globo, e pelas próprias palavras do Raphael Draccon no GeekCast sobre fantasia e ficção científica. Já possuía uma ideia
do que iria se tratar o livro, e quando foi falado que a história abordaria,
sobretudo, fatos surreais, eu pensei imediatamente no Inception, do Cristopher Nolan (diretor da trilogia Batman), super
elogiado pela crítica, indicado ao Oscar de Melhor Filme e vencedor de três
Oscars.
Bem, eu só espero do livro
que seja algo bem diferente e que fuja dos clichês a que estamos habituados. O autor,
o Raphael Draccon, já me impressionou com sua série Dragões de Éter, então
basta que seja tão bom quanto. Aliás, não basta. É esperado de um autor que
suas obras venham ficando mais fantásticas (isso chega a ser um trocadilho) com
o tempo, e sobre Fios de Prata eu
lanço uma bola de neve de expectativas. Especialmente porque o autor disse ter
levado sete anos para concluir a história, o que quer dizer que houve um
esforço e toda uma rede de criatividade se entrelaçando à história, com, muito
provavelmente, cuidados para não acabar decepcionando ninguém.
E, pra completar, a história
é uma homenagem ao Gaiman e a própria literatura fantástica! “Sandman na veia!”, como disse o Fábio
Barreto.
O lançamento está previsto para a Bienal de São Paulo. A
princípio foi dito que ocorreria entre os dias 11 e 14 desse mês, mas houve uma
mudança nos planos e, pelo que parece, o lançamento pulou para um dia ainda não
atualizado.
Aí vai a sinopse, como está no blog do próprio autor:
“Tu
inspiraste Rowling, e foi nas terras de Morpheus que se moldou Hogwarts. Tu inspiraste Tolkien, e foi nas terras de
Phantasos que se anexaram as extensões de Terra-Média. Tu inspiraste Lovecraft
e em minhas terras se fixou Miskatonic. Então eu te pergunto com sinceridade,
anjo: até onde vai tua vontade de ser coadjuvante em um mundo de formas e
pensamentos?”
Há séculos, Madelein, atual madrinha das nove filhas de
Zeus elevadas à categoria de Musas,
tornou-se senhora de um condado no Sonhar, responsável por estimular os sonhos
despertos dos mortais. Uma jogada ambiciosa, porém, para ascender de posição,
acaba por iniciar uma guerra épica envolvendo os três deuses Morpheus,
Phantasos e Phobetor, trazendo desordem a todo o planeta Terra.
Envolvido em sonhos lúcidos e viagens astrais perigosas,
a busca de um sonhador pelo espírito de sua mulher no Inferno, entretanto,
torna-se peça fundamental para resgatar elementos destruídos em uma guerra
envolvendo manipulações oníricas, sonhos partidos, jornadas espirituais e o
destino de mais de sete bilhões de sonhadores terrestres.
De Dante Alighieri a Alan Moore, de William Shakespeare a
Neil Gaiman, Fios de Prata – Reconstruindo Sandman elabora uma epopeia moderna ao redor de uma declaração
de amor à literatura fantástica e ao melhor dos sonhos humanos.
“Dreams of war, dreams of liars, dreams of dragon’s fire.
And of things that will bite.”
velho, tem precisão de falar, depois de olhar pra capa? seria conveniente ocupar quase o tamanho de toda uma postagem pra falar dessa capa, que ficou uma capa dos CARALHOSSSS!!!
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