O ar frio não dava uma sensação tão agradável quando tudo ao seu redor: pessoas, objetos e blablablá. Tudo parecia ter nascido dele.
Em algum lugar entre a sã consciência e a loucura havia um rapaz.
Talvez eu possa dizer que ele era um reflexo de mim, ou talvez fosse eu mesmo dentro de uma ilusão surreal, mas as afirmações lógicas haviam se perdido quando nós dois tentamos abrir os olhos.
Quando o terror te puxa pra dentro de um poço profundo de coisas sem sentido, abrir os olhos talvez não chegue a ser a melhor decisão. Você se encolhe, a escuridão parece querer pisar em você, te fazer implorar para ser redimido, mas a verdadeira redenção não aparece para você num sonho. E é exatamente aí que se vê um erro enorme, pois não há nada pior que ver os sonhos bons indo embora, levando com eles fontes de esperança, antecedendo uma confusão chamada "mundo real".
"Mundo Real".
Quase uma brincadeira infantil.
Quase um parque de diversões ou uma estrada esburacada, a depender do ponto de vista. Dizem que os corajosos que o encaram podem ter um prisma de resultados.
Resultados que nem sempre são proveitosos, ou extraordinariamente ruins.
Apenas reais.
Padrões, redundantes e desbotados feito uma camisa velha.
Reais.
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