Blues


Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez.
Então solte suas amarras.
Afaste-se do porto seguro.
Agarre o vento em suas velas.
Explore.
Sonhe.
Descubra.

Mark Twain

sábado, 14 de julho de 2012

Pedras vão rolar: História do Rock'n Roll, Bandas de Rock e blábláblás

Plena sexta-feira 13.
O dia mundial do rock desse ano, caros gafanhotos, acaba por se revelar num "suposto" dia de azar.
Não que eu seja chegado a superstições. Não acredito que eu vá ser amaldiçoado se quebrar um espelho ou que se um gato preto cruzar meu caminho eu acabe tendo um dos piores dias de minha vida. Até porque, para se ter um dia ruim... acreditem, nem é preciso ver gatos. Não importa qual cor eles tiverem.
E para fazer algo bacana nessa data tão célebre, eu começarei contando um pouco da história do próprio rock'n roll e finalizarei falando de cinco bandas de rock que curto pra caracas.
GO.



A idade da pedra do rock and roll rolou na transição dos anos 40 para os 50, através de uma farofada de gêneros musicais já conhecidos e bem pop para a época. Dentre tais gêneros podemos citar o gospel norte-americano, a folk music, o blues à base do boogie woogie tocado no piano e um jump blues (a que eu me refiro como "azul saltitante", a despeito da tradução de tal termo) que foram se tornando conhecidos coletivamente como rhythm and blues. Também entraram na parada influências de country music e jazz.
 (Yeah, boy. Jazz.)


Porém, contudo, todavia, entretanto, elementos de rock and roll podem ser ouvidos em gravações country da geração de 30 e blues da década de 20. Quando muitos brancos norte-americanos experimentaram o jazz e o blues afro-americanos, que frequentemente, era relegada a condição de produto musical racial e raramente era ouvida pela corrente majoritária branca. O gênero western swing da década de 1930, geralmente tocado por músicos brancos, também seduziu fortemente o blues e diretamente influenciou o rockabilly e o rock and roll, como pode ser ouvido, por exemplo, numa canção do Presley chamada Jailhouse Rock.

É interessante, cara, que antes do rock and roll, a música era categorizada por raça, nacionalidade, localização, estilo, instrumentação, técnicas vocais, e mesmo religião. Contudo, com a imensa popularização e o sucesso comercial estrondoso de Elvis Presley em 56, o Rock and roll se tornou a menina dos olhos da indústria músical americana. E nunca mais a música foi definida e categorizada como era anteriormente.

Os primeiros roqueiros foram o Bill Haley, o Chuck Berry, Little Richard, entre outros. O rock'n roll fez deles artistas justamente pelo estilo que o gênero passou a transmitir. As músicas possuíam estruturas simples, a atitude era muito louca, muito "tá na hora de chutar o balde e o pau da barraca". Sem falar dos fãs que passaram a se metamorfosear em rebeldes sem causa no começo, pirando a cabeça de seus pais, e contrariando o espírito relax da época.

 (Típico rebelde sem causa incompreendido)

Com o tempo em que o rock era compartilhado com o mundo, as coisas foram mudando. O gênero se subdividiu e passou a haver um prisma de subgêneros. O indie rock, o alternative, o hard rock, o heavy metal, o rockabilly, o punk rock (meu favorito), são exemplos. A mídia passou a encarar o rock com mais respeito, devido ao sucesso de comercialização. E toda a cultura ocidental passou a encará-lo como um produto lucrativo, afinal, eles quisessem ou não, a coisa dava dinheiro. Beatles dava dinheiro, Rolling Stones dava dinheiro. The Who, Led Zeppelin, Kiss, Sex Pistols e lá vai o trem... cara, eram mares de grana. A "Help!" dos Beatles, por exemplo...

Tentaram socializar mais o gênero com o tempo, colocá-lo nos trinques e até impor muros contra a liberdade de expressão altamente usada nas músicas, mas as marcas de antissociabilidade, de rebeldia, de trangressão e "I don't care" ainda acompanham o rock'n roll até os dias atuais.


Ah, e sobre o significado do termos "Rock'N Roll"... significa "Pedras vão rolar", embora atualmente seja usado apenas para definir o estilo musical.


E, agora, como o prometido, falarei de minhas cinco bandas de rock favoritas.
Irei enumerá-las da quinta para a primeira, numa espécie bem trash de Top Five.
E salientando que são minhas bandas de rock favoritas, o que não quer dizer que podem ser as suas.
Fiquem atentos a essa questão caso resolvam me xingar depois.
Cada um com seu cada um.


(White Stripes. Bem, não se pode dizer que não são estilosos)

5 - White Stripes

 Eles eram uma banda de dois integrantes. O Jack White e sua ex-mulher Meg White que até anos atrás eu achava que era sua irmã. A White Stripes não existe mais hoje, mas era bom pra caramba e tinha uma música que prendia na sua cabeça e lá se instaurava por milhares e milhares de anos. A propósito era a "Seven Nation Army".
Vieram de Detroit, e a banda foi formada em 97, com o primeiro álbum saindo em 99. O segundo,  o "De Stijl" saiu um ano depois, e esse nome faz referência a um movimento holandês de arte minimalista. Em 2001 lançaram "White Blood Cells", seu terceiro álbum. Em 2003, o "Elephant", álbum que levou o Grammy nas categorias de melhor disco de rock alternativo. A canção Seven Nation Army (hehe) foi eleita a melhor canção de rock do ano.
Em 2005 lançaram seu último disco. Nesse ano o casal já estava separado. E fizeram um show por aqui, lá pelas bandas de Manaus.
Uma curiosidade sobre a banda é que ela baseada no número 3. Mesmo eles sendo dois. Jack "Maluco" White seguia um dilema de que "Se uma mesa pode se sustentar por apenas três pernas então eu e minha banda também podemos".
Então a banda ficou apenas com três elementos: vocal, guitarra e bateria. Sem essa coisa de baixista.
O Jack só usa 3 tipos de guitarra.
Também há a questão das cores: branco, vermelho, preto. Diziam que haviam escolhido tais cores pelos significados que possuíam juntas. A inocência infantil, a bandeira nazista (:$), entre outros.
O número 3 também se encontra presente na composição das músicas: letra, melodia, ritmo.
E em muitas ocasiões o Jack White refere-se a si mesmo e assina apenas como "Jack III".

(Três integrantes. Três malucos.)

4 - Blink 182

A história da banda é um pouco grande, então vou pular um monte de parte.
Primeiro, a banda se diferenciava das outras do mesmo gênero (o punk rock) pelo conteúdo humorístico em contraste às letras da grande massa que demonstravam raiva ou conteúdo anti-político. O Blink-182 trouxe um novo rosto para o punk, e com esse rosto tornou-se sucesso nas paradas musicais.
Os integrantes: Mark Hoppus, Tom Delonge, Travis Barker. O Travis só entrou na banda após a saída de um cara chamado Scott Raynor, o antigo baterista, e se consolidou na Blink como o terceiro elemento.

Pouco após o lançamento do primeiro álbum dos caras, o Cheshire Cat, a banda foi ameaçada legalmente por uma banda techno irlandesa que também se chamava Blink. E para evitar processos, o Blink adicionou o número 182 no final de seu nome. Há uma porrada de rumores rondando o motivo pelos quais eles escolheram esses números. Todos os membros da banda fizeram questão de deixar claro que eles são totalmente aleatórios. Porém, contudo, todavia, entretanto, há boatos e histórias de pescadores que contam que o número originou-se do filme Scarface, onde o Al Pacino fala 182 vezes a palavra "fuck".


(Ok, mais três malucos. Ou, melhor dizendo, três ex-malucos)

3 - Green Day

Antes de qualquer coisa, eu gostaria de dizer que eu só curto a banda Green Day até o álbum American Idiot. Do American Idiot para frente eu acredito que eles perderam muito de sua essência. O legal mesmo é o tempo em que eles tinham menos noção. O tempo de Basket Case e Nice Guys Finish Last. Muitas das melhores músicas da banda rolaram quando o Billie Joe (vocalista) tinha cabelo amarelo, reunia a galera e fazia um show de fazer o jogo virar e a casa cair.
E mesmo com a coloração alterada do cabelo e um estilo mais "deprê", no álbum American Idiot eles fizeram músicas igualmente sensacionais. Tanto que a Green Day foi nominada com o American Idiot para os sete prêmios Grammy e levou pra casa o de Melhor Álbum de Rock de 2004.
Mas enfim.

Tudo começou na California. Billie Joe Armstrong e Mike Dirnt eram amigos de infância e resolveram montar uma banda. Com 14 anos de idade, formaram o Sweet Children, Billie comandando os vocais e guitarra e Mike o baixo e também vocais. Em 89 o grupo arrumou um baterista, John Alan Kiffmeyer, e lançaram um EP com o mesmo nome da banda. Mas foi no segundo EP, também independente, chamado 1000 hours, que o nome definitivo saiu: Green Day.

O sucesso entre o público jovem era estrondoso, e isso lhes trouxe um contrato com uma gravadora independente. Através dela lançaram mais dois EPs, que mais tarde fariam parte do primeiro álbum, Smoothed Out Slappy Hours, da década de 90. Foi depois do lançamento deste CD que Kiffmeyer deixou a banda. E então Tré Cool, inclusive professor do baterista anterior, entrou para a banda.
É importante ressaltar que, assim como aconteceu com Blink, o baterista mais maneiro entrou depois.

(Ah, ao menos agora são quatro malucos, ao invés de três)

2 - Sum 41

Sum 41 se formou em 96, em Ajax, Ontario, Canadá, pelos malucos Deryck Whibley e Steve Jocz. Em seguida veio o Cone McCaslin para completar a banda. O grupo apostava numa mistura bacana e bem humorada de pop, punk e hip hop.
Sum 41, segundo eles, é uma espécie de abreviação de "41 days into the summer", ou seja, 41 dias de verão.
Não tenho muito a falar da Sum 41, mas é uma banda super legal e eu ouço muito ela, em uma porrada de momentos, sejam eles bons ou ruins. Ela não chega a ser muito conhecida aqui no Brasil, e,  pelo que parece, tem mais fãs no Japão e na Austrália. Segundo as fontes, a banda chegou a ser uma febre nestes países, e emplacou diversas músicas no playlist das maiores rádios. Um exemplo foi a "Fat Lip" (presente na trilha de filmes como American Pie). E há também a "Into Deep" (que inclusive fez parte da trilha do filme Doze é Demais com o Steve Martin). Os que já ouviram falar da Sum 41 por aqui geralmente só ouviram pelo fato de o Derick Whibley ter sido namorado da Avril Lavigne. Ele até fez uma música pra ela depois do fim do namoro dos dois.
Mas enfim.
Uma coisa legal sobre a Sum 41 é que ela possui uma espécie de rixa com os caras da Simple Plan, culpa do Comeau (baterista da Simple Plan, embora não o fosse na época) que criticou o álbum de estreia da Sum 41.  O Deryck Whibley já ameaçou quebrar o nariz daquele carinha, o vocalista cujo nome não lembro.
Ah, é interessante o que o Steve Jocz da Sum falou após um programa de playlists para a MTV Americana:

"No final do dia, eu provavelmente preferiria comer uma bola de bode do que assistir 'I'm Just A Kid', do Simple Plan. Porque eu acho que o álbum foi chamado de "No Pads, No Helmets, No Balls." ... sem bolas de bode, sem qualquer bola. E eu preferiria comer isso do que assistir aquele vídeo ou ouvir a banda ou ouvir o nome, ou mesmo assistir ao filme, que não tem nada a ver com a banda, mas que eles tomaram como nome. Eu não iria assistir esse filme. Eu não vou vê-lo. Eu preferiria comer uma bola de bode."

Pois é, pois é, pois é. Já chega de falar da Sum 41 (é que eu sempre me empolgo hehe).


(Eram caras empolgados, para não dizer beberrões)
 1 - Oasis
Hoje eles são conhecidos como "A Banda dos irmãos Gallagher".
Ou melhor "A antiga Banda dos irmãos Gallagher", visto que o Noel Gallagher pegou o beco e resolveu seguir carreira solo.
 Taí uma banda que eu ouço MUITO, cara. Ouço muito até as músicas deles que quase não têm a dizer, as músicas com letras bem pobres.
Porque pra mim, esses são os caras. "The Guys".

Os caras eram motivos de fofoca.
Eles eram polêmicos pra caracas e creio que estavam bêbados até mesmo quando sóbrios.
Têm na bagagem declarações amargas contra a imprensa, um comportamento bem atípico e um estilo de se vestir que... (bem, eu não me vestiria como eles, mas achava bacana).
A história da Oasis é engraçada. Desde cedo foram comparados com os Beatles (mundialmente conhecida, e por muitos chamada de melhor Banda de Rock do mundo). Ainda que tivessem estilos, a meu ver, diferentes.
A meu ver.
Eles eram só mais uma bandinha como outra qualquer até conseguirem um contrato com a Creation Records. E depois de alguns singles, lançaram, em 1994, "Definitely Maybe". O álbum de estréia que foi um estouro...
Definitely Maybe entrou no topo das paradas britânicas e, em dois dias,fez a banda receber o seu primeiro disco de ouro.
Um ano depois lançaram o segundo álbum, "(What's the Story) Morning Glory?", o álbum do sucesso "Wonderwall", e entre outros. Foi outro estouro (tanto que dessa vez nem precisa de foto). 
Nesse ano Oasis conquistou também os EUA, e pirou cabeças. 
Quando comparados aos Beatles, eles se diziam superiores, causando grande impacto e chamando a atenção de toda a mídia. Tony McCarrol (baterista) deixou o grupo devido uns quebra paus com os Gallagher, e foi substituído por Alan White.

O single "Stop Crying Your Heart Out" saiu na época da Copa do Mundo e a música virou tema da eliminação dos ingleses pelo Brasil.

Em 2005, veio o álbum "Don't Believe the Truth", o álbum mais recente. O disco foi considerado o melhor trabalho do grupo pela crítica internacional desde o "Morning Glory?" de 1995 e o melhor álbum do ano no Brasil. O disco reúne 11 faixas e traz ao público o melhor do Oasis.
Uma curiosidade sobre o Oasis: certa vez, eles gastaram uma dinheirama concedida para uma turnê. Em bebida. Pois é, como eu digo... os caras eram pinguços de primeira. 
E drogados.


Mas eram geniais.

Um comentário:

  1. Caros grilos.
    No começo do texto há uma paradinha que diz "Plena Sexta-feira 13". O caso é que esse texto foi publicado um dia depois, no sábado dia 14. Porém, eu comecei a digitá-lo na sexta, então encarem como um texto digitado na sexta.
    Atenciosamente,
    O Pharelluz

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